O meduloblastoma é o tumor maligno do sistema nervoso central (SNC) mais frequente na criança, correspondendo a 20% dos tumores do SNC. Origina-se no cerebelo, o qual controla o equilíbrio, coordenação e outras funções motoras complexas. A causa do surgimento do meduloblastoma é desconhecida, mas algumas crianças portadoras de síndromes de predisposição genética podem ter maior risco de desenvolver meduloblastoma.
É um tumor agressivo, que cresce rápido e pode disseminar-se para outras áreas do cérebro e do canal raquiano através do líquor.
As crianças podem apresentar sintomas como dor de cabeça, náuseas, vômitos, tonturas, perda da coordenação motora, distúrbios visuais, irritabilidade, letargia , convulsão.
O diagnóstico é realizado através da ressonância magnética do crânio, seguido de cirurgia e estudo anatomopatológico. O tratamento de modo geral consiste na remoção cirúrgica, radioterapia e quimioterapia
Nos últimos anos, em decorrência do maior conhecimento da biologia molecular, houve re-classificação do meduloblastoma em quatro subgrupos heterogêneos, baseados em dados demográficos, clínicos e características genéticas: WNT, SHH, grupo 3 e grupo 4.
Atualmente o tratamento do meduloblastoma depende da estratificação de riscos do paciente levando em conta a idade, histologia, disseminação ou não ao diagnóstico e a classificação molecular.
Essa abordagem é usada para aumentar as taxas de sobrevivência e diminuir os possíveis efeitos colaterais do tratamento das crianças portadoras de meduloblastoma, melhorando a qualidade de vida.